Celulares e seus sistemas operacionais

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Conheça melhor cada um dos sistemas operacionais que ocupam o mercado de celulares.

Não há como negar, os telefones celulares e computadores portáteis ocupam cada vez mais tempo e espaço em nossas vidas. Seus processadores estão mais velozes, há mais memória e um salto considerável no que diz respeito ao armazenamento de dados foi dado.

Se antes eles serviam apenas para ligações, hoje atuam como estações de jogos, tocadores de músicas e vídeos, canais de comunicação por texto e conferências ou até mesmo como escritórios portáteis, permitindo navegação completa pela internet, troca de informações em tempo real e edição de todo tipo de documentos.

Praticamente tudo o que antes era possível apenas pelos computadores de mesa (os Desktops) agora é realizável de qualquer lugar, a qualquer hora do dia, direto da palma da sua mão. Mas com tanta evolução, como é que eles funcionam? O que faz com que eles respondam adequadamente e se tornem cada vez mais próximos de seus “primos distantes”?

Neste artigo você encontrará uma breve descrição dos principais sistemas operacionais presentes no mercado de celulares, justamente para que possa entender melhor o que se passa no seu aparelho diariamente.

Comum à maioria — a plataforma Java

Se você nem imaginava que celulares possuíam sistemas operacionais, não se preocupe, pois muitos outros certamente nem imaginam o mesmo. O que acontece é que até pouco tempo atrás cada modelo possuía “base” própria (sistema proprietário), desenvolvida para tirar o máximo proveito das capacidades de suas peças.

Dada a diferença nas arquiteturas de hardware (peças) e de operação de suas funções, a solução mais fácil para o desenvolvimento de aplicativos foi a adoção da plataforma Java como padrão, de modo a assegurar compatibilidade com diversos modelos.

Exemplos são celulares como o Motorola V3, o Samsung F250 e o LG MG320, populares por aqui.

Mac OSX – iPhones

Apesar de muitos usuários acreditarem que o sistema operacional é a “Firmware 2.X”, mostrada na tela de configurações, o que faz com que estes belos aparelhos rodem com tamanha maestria é uma versão modificada do sistema operacional Mac OSX, utilizado nos computadores e laptops da empresa, que recebe o nome de iPhone OS.

O foco dele é oferecer suporte às tecnologias de reconhecimento de toques múltiplos, de inclinação (graças à inclusão do acelerômetro interno) e de multimídia, para a reprodução de vídeos, imagens e músicas.

A interface é simplificada, composta por ícones espalhados na área principal e outros fixos na parte de baixo da tela, chamada de “Dock”, para ligação, mensagens, e-mail e outros de sua preferência. Para trocar de “telas”, basta arrastar o dedo de um lado para o outro, ao passo que para abrir o aplicativo é necessário apenas um toque sobre seu ícone.

Mas, em meio a tantos fatores positivos há também desvantagens. Em primeiro lugar, você está restrito a apenas os aplicativos lançados oficialmente pela loja virtual da Apple, a App Store (a menos que recorra ao JailBreak, a liberação do sistema operacional para aplicativos não legalizados, perdendo a garantia em conseqüência disso).

Ao menos este sistema inibe a disseminação de vírus e garante que todos os aplicativos funcionem, pois devem passar por um processo de certificação antes de irem ao ar. Importante mencionar que o modelo da Apple também está gerando fortunas com jogos de altíssima qualidade e outros programas de alto nível a preços baixos e compras direto por cartão de crédito.

Também não há suporte para conectividade com dispositivos de terceiros, limitando acesso a componentes BlueTooth e impedindo o uso da memória interna dos aparelhos (gigante, de 8 a 16 GB) como discos portáteis. Exatamente, você não poderá carregar seus documentos e trabalhos nele.

Symbian

O nome é um só, mas existem várias versões dele. As mais conhecidas (e utilizadas) são a S60 (com primeira, segunda e terceira gerações) e a UIQ, que também possui sua variação mais avançada, a 3.0.

Fruto da parceria entre Ericsson, Nokia, Motorola e PSION (empresa que iniciou toda a criação), o modelo foi amplamente utilizado pela Nokia — haja vista que praticamente todos os seus aparelhos são baseados nele — e se faz presente também em outras marcas, tendo como objetivos primários manter integridade e segurança dos dados, evitar desperdício de tempo do usuário e trabalhar com recursos escassos.

Este desenvolvimento em conjunto resultou na formação da fundação Symbian, no ano de 1998, visando aproveitar ao máximo a convergência entre dispositivos portáteis do tipo PDA e de telefones celulares. Uma década depois, a Nokia anunciou a compra de todas as ações, prometendo o desenvolvimento de programas sem custos e acelerar a inovação no mercado.

Mesmo com o desenvolvimento das capacidades dos aparelhos, as versões atuais ainda se apresentam extremamente eficientes no gerenciamento de recursos, tais como memória, bateria e processadores e são realmente estáveis. Prova disso é o novo sistema de processamento gráfico, otimizado para trabalhar com paralelismo.

Como tudo no mundo da tecnologia, este belíssimo sistema também passa por constantes alterações e recebeu — no fim de 2008 — uma nova versão, a 5th. O salto de três para cinco foi dado em respeito a algumas culturas orientais, nas quais o número quatro representa má sorte. A novidade é o suporte para altas resoluções e operação por toques.

Se as estatísticas de novembro de 2008 ainda se mantiverem, o mercado conta com aproximadamente 46% de celulares com este sistema operacional, fatia mais que suficiente para comprovar seu sucesso e domínio atual.

Windows Mobile

Sendo adotado por cada vez mais fabricantes e com uma nova versão no horizonte (acompanhando as mudanças da versão Desktop para 7), o Windows Mobile aparece como uma alternativa sólida para aqueles que desejam investir em celulares operados com toques na tela (Pocket PCs) e também para os que desejam um micro computador no bolso.

Isto porque ele acompanha todo o pacote de ferramentas do Microsoft Office, permitindo a edição de documentos já a partir da primeira utilização, sem necessitar de instalações adicionais e outras complicações. Outros programas que o acompanham por padrão são o Live Messenger (MSN), utilizado por milhares ao redor do mundo, o Windows Media Player, o Outlook e o navegador Internet Explorer.

Sua interface faz jus à versão de mesa, contando com menu iniciar, gerenciamento de aplicativos, de memória, pastas de arquivos e instalação fácil de programas (por arquivos CAB ou através de executáveis, rodados no computador com auxílio do Active Sync para processos automáticos).

Outra grande vantagem é a fácil conexão com computadores (pode apostar, os Windows se entendem muito bem uns com os outros!), permitindo sincronização de agendas, compromissos, dados, contatos e de outros formatos de arquivos e dados.

Com uma nova geração de aparelhos — muito mais potente — chegando e com a nova versão, a promessa de ainda mais recursos e interatividade é exorbitante. Um ótimo exemplo de aplicação inteligente do sistema é o XPERIA X1, da Sony Ericsson, que traz interface personalizada, teclado completo embutido sob a tela, comandos por toque e botões especiais para navegação.

Android

O mais novo “brinquedo” da gigante Google (que conta com um consórcio de mais de 34 empresas para bancá-lo) é também o que mais causa alarde na indústria de sistemas para portáteis e celulares, justamente por ter um apoio tão forte e pela sua natureza, de programação aberta, acessível a todos os interessados.

Baseado em Linux, ele traz consigo suporte para todo tipo de conexão sem fio (3G, EDGE, Wi-Fi e Bluetooth), para multimídia — inclusive vídeos de alta definição — e promete ser extremamente versátil, facilmente adaptado a PDAs ou aos tradicionais telefones em barra, com suas telas menores.

Embora ainda não tenha se popularizado, ele promete esquentar o mercado e já revela indícios de seu poder com o GPhone (Google Phone), o competidor dos iPhones que passou a ser vendido no final do ano passado, com integração a mapas, GPS e muitas outras novidades.

Linux

Tux, o pinguim, mascote do Linux

A sua grande capacidade de ser modificado, adaptado, e o seu custo baixíssimo de programação o tornam uma excelente escolha de sistema para aparelhos um pouco mais robustos, levando a antiga batalha contra os Windows a novos territórios.

Você pode encontrá-lo em aparelhos como Motorola ROKR E8 e RAZR 2 V8, Samsung, Nokia N810 e HTC, além de outros de algumas outras marcas asiáticas que não deram as caras por territórios brasileiros.

Como já colocado acima, um ótimo exemplo de plataforma construída sobre este sistema é o Android.

BlackBerry - RIM

Comunicação empresarial geralmente é a primeira idéia que surge quando ouvimos este nome. O sistema, apesar de extremamente popular em países como os Estados Unidos, não é profundamente difundido pelo Brasil, talvez pelo seu próprio foco e pela falta de aparelhos no mercado, uma vez que ele só é utilizado para esta linha.

Falando em aparelhos, a maioria deles adota um padrão especial de teclado, contando com todas as letras do alfabeto e uma nova ordem que facilita a digitação nos portáteis. Suas funções são especificamente voltadas para a troca de mensagens de texto, navegação na internet e troca de e-mails (sendo implementada a tecnologia Push, para que as novas mensagens sejam baixadas automaticamente para o aparelho).

Com relação ao seu funcionamento, ele foi todo montado tendo o uso de vários recursos simultaneamente (multi-tasking) como foco, além de fazer uso extenso de dispositivos especiais dos aparelhos, tais como Tracking balls e Scroll Wheels (dispositivos para rolagens de páginas e textos, similares aos encontrados em mouses e teclados de notebooks). Apenas programas certificados podem ser rodados.

Se você preza pela troca de informações e reuniões virtuais a qualquer hora do dia para sua empresa, não pense duas vezes, esta é a escolha a ser feita!

E qual é o melhor?

Assim como para a maior parte das coisas nesta vida, a escolha depende de gostos, necessidades e, principalmente, das funções presentes. Quando falamos de funções não nos referimos apenas às do sistema, mas sim ao conjunto oferecido pelo aparelho, tais como câmera, capacidade de armazenamento e de processamento, memória e outros.

Considere também fatores como peso, tamanho e conforto de uso. Uma boa idéia é não exagerar na dose de tecnologia se você tem certeza de que não a utilizará. Aparelhos sem dezenas de recursos, focados apenas nas chamadas, tendem a ter uma duração de bateria muito superior, além de serem extremamente práticos.

Analisando estas informações você já será capaz de focar a sua compra. Dentre os poucos aparelhos que restarem, volte a comparar — mas agora diretamente — suas especificações e por fim se pergunte quais são as suas necessidades diárias. Edição de documentos? Programas variados? Jogos? Navegação na internet? Flexibilidade?

Você verá que de tudo o que existe neste gigantesco mundo de portáteis um dos fatores que menos pesará — para a sua escolha — é o sistema operacional. Boas compras!

Fonte: Baixaki

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